Em abril, Mês Internacional da
Prevenção dos Maus-tratos na Infância, assinala-se a Campanha do Laço Azul.
O “Movimento Laço Azul” nasceu em 1989,
na Virgínia, Estados Unidos. Este movimento conta a história de Bonnie
W. Finney que tomou a iniciativa de colocar uma fita azul na
antena do seu carro, de modo demonstrar a sua dor face aos acontecimentos
trágicos de que tinham sido vítimas os seus netos.
A
campanha do laço azul, que começou como uma homenagem desta avó ao neto, expandiu-se
e, atualmente, muitos países usam as fitas azuis, durante o mês de abril, em
memória das crianças que morreram como resultado de maus tratos e como forma de
apoiar as famílias e fortalecer as comunidades nos esforços necessários para
prevenir o abuso infantil e a negligência.
Qual é então a “História do Laço
Azul”?
Era
uma vez a avó Bonnie Finney que tinha dois netos. Os netos visitavam a avó em
sua casa em Virgínia, nos Estados Unidos da América, aos fins de semana. Estes
eram muito amigos da avó, mas sempre que chegavam estavam tristes, não queriam
despir os casacos nem que a avó os ajudasse a tomar banho.
O
tempo foi passando e um dia chegou a triste notícia que o seu neto tinha
falecido.
A
avó não queria acreditar… ficou muito triste e em conversa com a neta, esta
contou-lhe que ela e o irmão eram vítimas de maus tratos por parte do namorado
da mãe.
A
menina contou que o namorado da mãe, que assistia a tudo isto, lhe batia, dava
pontapés, estaladas e apertava o pescoço.
Então
a menina recordou que foi no fim de semana que não foram para casa da avó, que
o namorado da mãe apertou o pescoço ao irmão e este não resistiu, acabando por
morrer já no hospital. A menina disse ainda que a mãe tinha dito no hospital
que o menino tinha ficado com muita falta de ar e por isso faleceu.
A
avó não queria acreditar no que a sua neta lhe acabara de contar… O que podia
fazer para travar os maus tratos à sua neta? O seu neto já tinha sido vítima do
mesmo e foi morto de forma brutal.
Depois
de muito pensar, Bonnie Finney decidiu colocar um laço azul na antena do seu
carro para fazer uma homenagem ao seu neto falecido.
O
laço azul escolhido por esta avó foi para que a comunidade não esquecesse os
corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos, procurando
proteger a sua neta e todas as crianças que são vítimas de maus tratos.
Sónia
Barradas, CPCJ de Moura
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