Para além disso,
o escritor ainda explorou com os alunos as ilustrações do livro que são também
da sua autoria. Assim, estes ficaram a saber, entre outras coisas, por que
motivo o autor, que reconheceu ter pouca queda para o desenho, recorreu à
utilização de colagens de diferentes materiais e texturas, da qual a capa é
um exemplo.
Era uma vez um homem que pretendia recuperar as histórias das casas abandonadas. Para o conseguir, decidiu tornar-se num afinador de memórias. Num homem dedicado a consertar coisas esquecidas. Logo pela manhã, montava-se no verbo ouvir e percorria ruas e demais vizinhança com o propósito de acabar com a indiferença das pessoas perante tanto desleixo. Pretendia nomes, acontecimentos, factos, enredos e argumentos para reabilitar o que existiu restaurando o que ainda existe. Queria calcetar tudo no presente. Tinha pressa do passado. Ir de porta em porta armazenar futuro atrás de futuro.
O Afinador de Memórias, Jorge Serafim
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